Por Suêlda Santos

Os deputados estaduais Levi Pontes (PC do B) e Cabo Campos (DEM) devem ser investigados pela Comissão de Ética do Legislativo e perder seus mandatos a qualquer momento, em pleno período pré-eleitoral, quando os dois parlamentares mais precisam do apoio popular para voltar à Assembleia Legislativa.

A situação do deputado Levi Pontes se complicou ainda mais, quando a deputada estadual Andrea Murad (MDB) confirmou que vai representar na Comissão de Ética da Assembleia contra o deputado, flagrado em áudio, mais uma vez, usando estrutura pública do governo em troca de votos, em Chapadinha.

“O mais monstruoso é que Levi é médico e deveria zelar pelos maranhenses. E, agora, foi flagrado ameaçando o funcionamento de uma UPA. Onde entram os chapadinhenses nos interesses de Levi? Não é com a saúde, mas com os votos, única e exclusivamente, com os votos, com o apoio para sua reeleição”, disse Andrea.

ESPANCOU A ESPOSA

O deputado Cabo Campos também está complicado e pode perder o mandato. A deputada Valéria Macedo (PDT), que preside a Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa, prometeu que pedirá “nas próximas horas” o afastamento do parlamentar por 60 dias de suas funções. Se Cabo Campos for afastado, assume a vaga o suplente Rildo Amaral (SD), da cidade de Imperatriz.

Em discurso, a deputada Valéria falou da necessidade do afastamento, enquanto estiver sendo feito o inquérito que apura a denúncia de que o deputado de DEM agrediu a sua esposa, Maria José Campos. “Essa acusação fere de morte a dignidade de um parlamentar (…) não há perdão, não há como nós mulheres nesta Casa nos furtarmos de darmos a nossa manifestação”, disse.

A ideia da presidente da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa é esperar o fim do inquérito policial e se a denúncia for acatada pela Justiça. Valéria Macedo garante que entrará com representação contra Campos na Comissão de Ética, pedindo sua cassação por quebra de decoro.  Ironicamente, Cabo Campos é membro da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa.