Papa Francisco intervém na Diocese de Formosa depois da prisão de bispo e padres por roubo de 2 milhões

O papa Francisco resolver intervir

A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) informou que o Papa Francisco decidiu intervir na Diocese de Formosa (GO), após a prisão do bispo dom José Ronaldo Ribeiro e de cinco padres da região, na Operação Caifás, segunda-feira (19/3). O Vaticano vai enviar outro bispo ao município goiano distante 70km de Brasília, para cuidar de 33 paróquias da região.

Na tarde de ontem, a CNBB divulgou uma nota oficial sobre o caso. No texto, o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner, pede Justiça nas investigações e convida fiéis a permanecerem unidos em oração. Ele também recomenda aos clérigos presos a se entregarem confiantes “à vontade misericordiosa de Deus”.

A CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a Justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com Justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho”, diz trecho da nota.

ISOLADOS EM PRESIDIOS

 

Os mandados de prisão contra os noves acusados de integrar a quadrilha supostamente comandada pelo bispo de Formosa são temporários. Valem por cinco dias. O MPGO vai pedir a prorrogação, por mais cinco dias. Depois, a conversão para prisão preventiva, que não tem prazo.

O bispo dom José Reinaldo foi preso por roubo

Os acusados ocupam celas em uma área separada no novo presídio de formosa. O isolamento ocorre para garantir a integridade física dos clérigos, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). Eles têm direito a banho de sol de duas horas por dia e tomam banho em chuveiro sem eletricidade.

O dinheiro encontrado nas casas dos padres

Até 27 anos de cadeia

A princípio, os nove presos na Operação Caifás vão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Acumulada, a pena vai de 10 a 27 anos, podendo ser aumentada de acordo com o papel de cada um no esquema.

Os presos

José Ronaldo Ribeiro, bispo de Formosa (GO),

Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa

Padre Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, Formosa

Padre Mário Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, Formosa

Padre Thiago Wenceslau, juiz eclesiástico

Padre Waldoson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, Posse (GO)

Antônio Rubens Ferreira, empresário, acusado de ser laranja da quadrilha

Pedro Henrique Costa Augusto, empresário, acusado de ser laranja da quadrilha

Guilherme Frederico Magalhães, secretário da Cúria de Formosa.

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