Mesmo preso desde o final de outubro do ano passado, o capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson da Silva, não foi expulso da corporação e continua recebendo seu salário do governo do Estado. O ex-militar Allisson Wattson é acusado de matar a estudante de Direito, Camila Abreu, com um tiro no rosto e ocultar o cadáver, em outubro de 2017, e será julgado em júri popular.
Ao ser preso pela Polícia Militar do Piauí, o ex-policial militar Allisson Wattson confessou que atirou em Camila, após uma discussão dentro do carro. No laudo anexado ao processo, ficou constatado que Camila foi brutalmente torturada física e psicologicamente, antes de ser atingida pelo disparo.
O ex-capitão Alisson Wattson foi indiciado pelos crimes de feminicídio – assassinato de uma mulher em que as motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda de controle e da propriedade do homem sobre a vítima do gênero feminino – além de ocultação de cadáver e fraude processual.
Fez sexo com o cadáver
Segundo a polícia Militar do Estado do Piauí, o ex-capitão Allisson Wattson, que tem o comportamento agressivo, disse em depoimento que houve uma discussão no carro por causa de ‘traição’. Camilla foi agredida várias vezes durante a relação por causa de ciúmes e seus familiares afirmam que ele é psicopata.
De acordo com a polícia, o então namorado da estudante maranhense de Direito, Camila Abreu, capitão da Polícia Militar Allisson Wattson, foi preso e indicou o local onde o corpo estava. As investigações apontaram que ele fez sexo com Camila dentro do carro, antes de matá-la com um tiro no rosto após uma discussão.
O corpo da jovem estudante Camilla Abreu foi localizado na tarde de terça-feira (31/10/2017), próximo a BR-343, região do povoado Mucuim, Zona Rural de Teresina. A estudante de Direito estava desaparecida desde a madrugada de quinta-feira (26/10/2017). O crime chocou a população que pede justiça.
Pagamento em dia
No Portal da Transparência do Governo do Estado, divulgado na quinta-feira (5), é possível ver que ele recebeu em fevereiro um salário bruto de R$ 9.077, que com os descontos chegaram a um valor líquido de R$ 3.538. Já no mês de fevereiro, é possível ver que o bruto foi R$ 9.275 e com os descontos restou R$ 3.661.
O Conselho de Justificação da PM decidiu no dia 2 de fevereiro de 2018 pela expulsão do capitão. Enquanto o processo não é julgado em definitivo pela Procuradoria Geral do Piauí e assinado pelo governador Wellington Dias (PT), o capitão continua fazendo parte da PM, o que mantém o direito receber os vencimentos.
O governo do Estado informou, através da assessoria de imprensa, que a caso está quase concluso na PGE. Informou também que depois que passa pela PGE, volta para o Palácio de Karnak. Ainda de acordo com a assessoria, depois que sai da PGE, o passo é enviar para o governador assinar a exoneração e publicar no Diário Oficial.
Veja os repasses feitos a Allisson Wattson:
Vencimento de janeiro de 2018
Vencimento de fevereiro de 2018
Com informações do CidadeVerde.com