Dentista presa por racismo publicou nas redes sociais: “quando não caga na entrada, caga na saída”

A dentista da cidade de São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, Delzuite Ribeiro de Macêdo, que fez publicações com insultos racistas contra bebê em uma rede social foi colocada em liberdade. Segundo o delegado Emir Maia, gerente de policiamento do interior, a liberação aconteceu após encerramento do prazo da prisão temporária, que é de cinco dias. A mulher foi  em Teresina (PI) na última terça-feira (17).

O delegado Emir Maia relatou que a soltura aconteceu no último sábado (21), com o fim do prazo da prisão temporária. “A prisão provisória dela era de cinco dias e a liberdade é automática. Cumpriu os cinco dias tem de ser solta e foi ontem. A investigação encerrou, a delegada vai relatar o inquérito e encaminhar à Justiça”, explicou o gerente de policiamento do interior.

Delzuite Ribeiro foi presa no hotel em Teresina

Posta em liberdade  

O gerente de policiamento explicou que a mulher foi posta em liberdade sem a adoação de medidas cautelares. “Mas, se ela vier a cometer outro delito aí com certeza a delegada vai representar por alguma medida cautelar. Inclusive a prisão preventiva dela pode ser decretada se ela continuar a prática das mesmas condutas”, destacou Emir Maia.

Foi descartada pelo delegado a possibilidade de a dentista ter ingressado com um celular na Penitenciária Feminina, onde ela ficou presa. “O celular dela ficou com a mãe. Ali alguém da casa dela postou porque ela não estava com o celular. Saiu como dela porque o celular era o dela”, ressaltou.

A polícia adverte que a dentista pode pegar preventiva

Presa no hotel

A prisão da dentista aconteceu em Teresina porque ela não se apresentou à Polícia Civil para prestar depoimento sobre as acusações na delegacia da cidade. No dia da prisão o delegado explicou que a mulher foi presa em um hotel já com viagem marcada para São Paulo.

No mesmo dia ela passou por exame de corpo de delito e foi encaminhada para o sistema prisional. A mulher foi presa por suspeita do crime de racismo que trata de condutas discriminatórias e de ódio. O crime é imprescritível e inafiançável, com pena que pode chegar a 5 anos de prisão.

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