Agressor Lúcio André e advogada Ludmila ficam frente a frente em audiência no Fórum de São Luís

 

O empresário Lúcio André Silva Soares, irmão do prefeito de Pinheiro, acusado de agredir a advogada Ludmila Rosa Ribeiro, participou, na tarde de sexta-feira (25), de audiência de instrução na 1ª Vara da mulher, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, em São Luís. Ludmila esteve presente na audiência, presidida pela juíza Rosário de Fátima Almeida Duarte. Segundo a assessoria do órgão, oito pessoas participaram da audiência, o acusado, a vítima e seis testemunhas.

O processo teve origem quando a Justiça do Maranhão acatou a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) contra Lúcio André Silva Soares. Enquanto tentavam uma reaproximação como casal, que tem um filho juntos, Lúcio teve uma violenta crise de ciúmes. Eles saiam de um bar na Lagoa da Jansen quando Lúcio exigiu verificar as redes sociais e começou a agredir a vítima.

Durante todo o caminho, até o condomínio da vítima, o agressor teria lhe infligindo agressões com socos e cotoveladas, além de ameaçar verbalmente matar Ludmila. Ao chegar ao local onde ela mora, ele ainda teria ameaçado matá-la, mas os gritos de socorro chamaram a atenção de vizinhos, que o renderam até a chegada da polícia.

Lúcio Genésio já havia agredido a advogada em outras ocasiões. Em uma das vezes, ela estava grávida do único filho do casal. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas ainda não foi preso. No dia da agressão, ele havia sido preso, mas conseguiu ser solto após pagar fiança de mais de R$ 4 mil.

Habeas corpus  

O Pedido de habeas corpus foi concedido ao empresário Lúcio André Silva Soares que agrediu a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva em 12 de novembro de 2017. Na ação, julgada na manhã do dia 3 de abril, os desembargadores Antônio Bayma e Raimundo Melo votaram a favor do habeas corpus, enquanto o relator do processo, João Santana, negou.

Por 2 votos a 1, o empresário teve a prisão preventiva revogada e responderá pelo crime de agressão e violência doméstica em liberdade. A ação foi julgada pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Desde que a prisão preventiva do suspeito foi decretada, ele não foi mais encontrado e ficou foragido por quase cinco meses.

Os advogados de defesa do Lúcio André Genésio já tinha solicitado pedido de habeas corpus, sendo que o primeiro foi negado na 3ª Vara Criminal de São Luís pelo juiz Clésio Cunha e o segundo na Comarca da cidade de Pinheiro, pelo juiz Lúcio Fernandes Soares. O empresário contratou outro advogado de Brasília e entrou novamente com um pedido de habeas corpus contra essas decisões.

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