Casal some, marido aparece ferido dois dias depois, diz que mulher morreu em acidente e é preso

Polícia Civil diz que não há sinais de acidente e concluiu que o marido inventou a história. Em depoimento, suspeito disse que não se lembra de nada.

Um homem foi preso nesta terça-feira (14) suspeito de ter simulado um acidente para esconder o assassinato da mulher dele, em Matupá, a 696 km de Cuiabá.

Itacir Lopes da Silva, de 30 anos, e a mulher dele, Lucimar Sousa de Oliveira, de 20, estavam desaparecidos desde sexta-feira (10).

Itacir procurou atendimento médico no hospital de Matupá na segunda-feira (13) e contou que sofreu um acidente onde a Lucimar havia morrido.

No entanto, segundo o delegado Claudemir Ribeiro de Souza, da Polícia Civil, o marido inventou a história.

“Estamos fazendo a prisão em flagrante dele por homicídio qualificado. Ele não confessa o crime, mas disse que não se lembra de nada”, disse o delegado ao G1.

Segundo a Polícia Militar, o casal mora em uma gleba e viajava de motocicleta pela estrada no Distrito de União do Norte para Matupá, onde buscaria uma encomenda de roupas.

Na segunda-feira o marido foi até o hospital de Matupá, supostamente machucado, e alegou que sofreu um acidente na estrada. O corpo de Lucimar foi encontrado às margens de uma estrada perto da motocicleta.

O corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sinop, a 503 km de Cuiabá. A causa da morte será esclarecida em um laudo.

Família

A família de Lucimar registrou boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do casal alguns dias antes do crime. Eles relataram que não tinham contato com eles desde o dia 8 de agosto e que a vítima deixou os filhos com os parentes.

Segundo o delegado Claudemir Ribeiro, não há vestígios de acidente no local onde Itacir alegou que sofreu o acidente com a mulher.

“Não ocorreu nenhum acidente, não existem vestígios de qualquer tipo de acidente ou um cenário que indique isso. Vamos aguardar o resultado da perícia no IML para saber [a causa da morte da vítima”, finalizou o delegado.

Itacir disse ao delegado que se recorda de sair de casa, mas não lembra de mais nada depois da partida. O delegado deve encaminhar o suspeito para a cadeia pública de Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. (G1).

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