Ministério da saúde anuncia que vai aplicar a 3ª dose da vacina contra a Covid-19

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o ministro de Relações Exteriores, Carlos França, falam com a imprensa após reunião no palácio do Itamaraty 5

Em meio ao avanço da variante delta e, também, da vacinação contra a covid-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou nesta quarta-feira (18/8) que a terceira dose da vacina contra o novo coronavírus começará a ser aplicada nos grupos prioritários. Os primeiro na fila da dose de reforço são os profissionais de saúde e os idosos.

“Como será essa terceira dose? A gente vai começar pelos grupos prioritários. Então, de novo os profissionais de saúde e os mais idosos. Nós sabemos que os indivíduos idosos têm o sistema imunológico mais comprometido, e, por isso, são mais vulneráveis”, afirmou em entrevista coletiva sobre a distribuição de vacinas contra a covid-19.

Apesar de indicar quais grupos receberão a aplicação de uma possível terceira dose, Queiroga disse que ainda não há definição de quando ela será realizada. “Sabemos que já está em discussão a chamada terceira dose, um reforço. Ainda não há uma evidência científica sólida em relação a como deve ser essa terceira dose, se é do mesmo imunizante, se é de outro imunizante, qual é esse imunizante, qual o momento de se fazer isso”, indicou.

O Ministério da Saúde já realiza um estudo com 1,2 mil voluntários para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacina para quem tomou a CoronaVac. A pesquisa, feita com pessoas com mais de 18 anos que receberam as duas doses da CoronaVac há, pelo menos, seis meses, vai verificar a intercambialidade de vacinas. Ou seja, a aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer, da AstraZeneca e da Janssen em pessoas que tomaram as duas doses da CoronaVac.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já aprovou, até o momento, três pedidos para realização de estudos clínicos considerando a administração de doses extras das vacinas. Dois deles da AstraZeneca e um da Pfizer.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e o número de doses suficientes disponíveis, já orientar um reforço da vacina. Isso em relação a todos os imunizantes disponíveis. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, ressaltou Queiroga.

Com avanço da Delta, terceira dose da vacina deve começar em idosos e profissionais da saúde, diz Queiroga

PREPARAÇÃO 

Na segunda-feira (16), a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que a pasta já quantifica quantas pessoas devem receber uma terceira dose da vacina. Segundo ela, é possível realizar o reforço de imunização ainda este ano.

“Já estamos tomando as decisões, a nível de gestão, como planejar e quantificar esses grupos que por ventura precisam (dessa terceira dose)”, afirmou em audiência pública da comissão temporária que discute a pandemia da covid-19 do Senado (CTCOVID-19).

A secretária ressaltou que apesar de ainda não ter definido detalhes da aplicação de uma terceira dose, o Ministério da Saúde conseguiria realizá-la ainda este ano. “Se nós formos pensar em uma terceira dose, a gente está calculando trabalhar priorizando determinados grupos. Só que a gente não decidiu ainda se teremos ou não uma terceira dose, existem outras variáveis que são analisadas, mas nós conseguiríamos fazer esse ano, sim”, confirmou. (Metrópoles)

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