Polícia Militar afasta PMs envolvidos no desaparecimento do jovem em São José de Ribamar

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A Polícia Militar afastou os dois policiais suspeitos de envolvimento no desaparecimento do jovem Marcelo Machado, de 25 anos, que sofria de esquizofrenia. O sargento, identificado como Luís Magno da Silva e o soldado Giovani dos Santos Silva foram afastados das ruas por decisão do Comando Geral da Polícia Militar.

A Polícia Militar decidiu pelo indiciamento dos dois policiais militares por abandonarem alguém que estava sob custódia da PM e que era incapaz de se defender dos riscos resultantes do abandono, o que é considerado crime militar. O inquérito apurou apenas erros operacionais dos policiais, que disseram ter levado o jovem na viatura e depois entregue a supostos conhecidos.

Além deles, outros dois policiais que coordenaram a ocorrência, no centro de operação da polícia (CIOPS) também foram indiciados, porque teriam que acompanhar o caso até Marcelo ser levado à delegacia.

“Os policiais militares foram indiciados no inquérito. Nós afastamos os policiais e vamos abrir um conselho de disciplina e de justificação. A Polícia Militar não coaduna com qualquer desvio ou qualquer ocorrência em que o policial militar ele sai do padrão legal no atendimento de uma ocorrência”, Pedro Ribeiro, Comandante da Polícia Militar.

A polícia agora aguarda o resultado do exame de DNA que pode confirmar que o corpo é mesmo de Marcelo, se houver essa confirmação, os dois policiais que aparecem no vídeo deixarão de ser tratados como testemunhas do caso, mas sim investigados.

“Os policiais militares vão ter que ser chamados novamente. Não tem jeito. Passam a ser de testemunhas a investigados. Mas isso não quer dizer que, necessariamente, foram eles os causadores da morte, mas infelizmente participaram de uma condução que não levaram para uma unidade”, Marconi Matos, delegado.

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O advogado da família diz que há preocupação com o resultado do laudo, por conta do estado que o corpo foi encontrado. “Com um cadáver que quase não existiam partes moles, órgãos e a perícia tem essa dificuldade de concluir ou não a causa mortes”, disse Roberto Carlos.

Para o pai de Marcelo, José Dos Santos Machado, o crime que cometeram contra o seu filho foi uma grande barbaridade. “Depois que os dois policiais pegaram meu filho mais nenhuma pessoa olhou ele. Só olharam nesse dia que pegaram ele e depois disso aí não olharam mais, não olharam mais. Nós vasculhamos aquela área todinha onde foi encontrado e ninguém viu. Depois de um mês foi que encontraram o cadáver do meu filho. Uma barbaridade o que fizeram com meu filho”, disse.

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