Pedido foi feito pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) que levou em consideração a gravidade do acidente. Jovem de 17 anos foi ouvida na quinta-feira (19) e negou que tenha ingerido bebida alcoólica.
A Justiça do Maranhão acatou o pedido feito pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e determinou que permaneça apreendida, por mais 45 anos, a adolescente de 17 anos que atropelou e matou três pessoas na Avenida Cajazeiras, em São Luís. A jovem está internada no Centro Integral de Justiça Juvenil na capital maranhense.
O pedido feito pelo Ministério Público levou em consideração a gravidade dos fatos e a repercussão do caso. Segundo o promotor de justiça, Luiz Gonzaga, a internação também vai garantir a segurança pessoal da adolescente neste momento.
“Pela gravidade do fato, pela repercussão social do caso, para garantir a segurança pessoal da própria adolescente e garantir a manutenção da ordem pública. Então, o Ministério Público entendeu como necessário a medida de internação provisória onde ela tem caráter punitivo, mas também, caráter socioeducativo”, disse.
A adolescente, que não possui passagens pela polícia, prestou depoimento na quinta-feira (19). Ela negou que tivesse ingerido bebida alcoólica e que pediu ao carro ao vizinho para lanchar com uma amiga.
O dono do veículo, o militar reformado da Marinha do Brasil, Antônio Maria dos Reis, também pode responder criminalmente pelo caso. Ele chegou a responder um Termo Circunstanciado de Ocorrência na Polícia Civil e foi liberado.
“Não é permitido que pudesse entregar a chave para pessoas não-habilitadas. E aí, há um dano concreto, um perigo concreto, e ele poderá responder além do crime por homicídio culposo. Então, este é o desdobramento e o processo irá para a justiça comum onde será avaliado por um dos colegas promotores”, disse o promotor.
Câmeras de estabelecimentos e residências próximas ao acidente foram solicitadas e devem ajudar a apurar o caso. A próxima audiência do caso está marcada para 21 de setembro, onde serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação do caso. (G1MA)