A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira (16/09), a aplicação de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer em crianças entre 6 meses e 4 anos de idade.
A aprovação da Anvisa permite que a vacina seja usada no país e cabe ao Ministério da Saúde a decisão sobre o estabelecimento do calendário de vacinação.
A autorização acontece após uma análise de dados e estudos clínicos conduzidos que indicam a segurança e eficácia da vacina para bebês e crianças nessa faixa etária. O imunizante terá dosagem e composição diferentes: o processo de imunização será em três doses de 0,2 mL (equivalente a 3 microgramas).
As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose.
A tampa do frasco terá uma cor diferente para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação para esta faixa de idade. Será na cor vinho. Para o público de 5 a 11 anos a cor é laranja e para acima de 12 anos, roxa.
Para a avaliação, a Agência contou com a análise de especialistas da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Vacinação em crianças
Dados do consórcio de veículos de imprensa desta sexta-feira (16) apontam que 14.065.194 doses foram aplicadas em crianças com 3 a 11 anos, que estão parcialmente imunizadas – o número representa quase 53,23% da população nessa faixa etária que tomou a primeira dose. As crianças que estão totalmente imunizadas nesta faixa de idade são 9.476.480, o que corresponde a 35,86% da população deste grupo.
Segundo levantamento do Observatório da Primeira Infância, o Brasil registrou, em média, duas mortes de crianças menores de 5 anos por dia desde o início da pandemia, em 2020.Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou um total de 291 mortes por Covid-19 entre crianças menores de 5 anos. Os resultados demonstram que crianças de 29 dias a 1 ano de vida são as mais vulneráveis.
Os dados foram coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) entre 2020 e 2021, e analisados pelos coordenadores do Observa Infância, Cristiano Boccolini e Patricia Boccolini.