A Polícia Civil de Minas Gerais investiga uma denúncia envolvendo rifa cujo prêmio seria um programa sexual com duas “acompanhantes dos sonhos”. O inquérito da Delegacia de Crimes contra a Mulher de Janaúba (MG), a cargo da delegada Gessiane Soares Cangussu, apura se houve um suposto crime de favorecimento à prostituição. As informações são do Yahoo Notícias.
Com o nome de “Rifa dos Sonhos”, o sorteio vendido a R$ 20 prometia um programa sexual com duas acompanhantes e o motel incluso. A rifa seria tirada no dia 12 de outubro, com resultado inscrito inclusive na Loteria Federal. O sorteio, no entanto, foi suspenso.
Inicialmente, segundo a polícia, seriam 500 bilhetes vendidos, mas a grande procura e o sucesso nas redes sociais fez ampliar a tiragem para mais 200 cupons de um segundo lote. O alcance da rifa foi tanta que os idealizadores chegaram a contratar uma blogueira digital para promover o evento.
Ela foi ouvida pela delegada e confirmou que fez a divulgação da “rifa dos sonhos” por vídeos em sua conta no Instagram. A mulher negou envolvimento com o sorteio, alegando à polícia que recebeu R$ 500 apenas para promovê-lo.
Prisão e multa
Através dela, a Polícia Civil chegou a outro investigado, que também negou ser o autor da rifa. Ele declarou o idealizador seria outro rapaz, residente em Janaúba, mas não soube detalhar sua identificação ou endereço.
Ele contou ainda que o sorteio do programa sexual foi idealizado com objetivo de “levantar renda para pessoas carentes da região”, mas, que diante do cancelamento, o idealizador estaria devolvendo o dinheiro do bilhete para os compradores.
A prostituição por si só não é crime. No entanto, o inquérito apura se teria ocorrido o crime de favorecimento à prostituição, previsto no artigo 230 do Código Penal Brasileiro com pena que vai de um a quatro anos de prisão e multa.