A carga foi recebida pelo ministro da Saúde Eduardo Pazuello
O avião da Emirates com 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, vindo da Índia, pousou no aeroporto de Guarulhos (SP) na tarde de sexta-feira (22). As vacinas foram produzidas pelo laboratório indiano Serum.
A carga foi recebida pelo ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo chanceler Ernesto Araújo e pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Após os trâmites alfandegários, a carga segue em aeronave da empresa Azul ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com pouso previsto para às 22h. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e o ministro Pazuello receberão as doses —que serão transportadas, com escolta da Polícia Federal (PF), para o depósito da Fiocruz.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou o Twitter para agradecer ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pela liberação da exportação das vacinas. “O Brasil sente-se honrado em ter um grande parceiro para superar o obstáculo global. Obrigado por nos auxiliar com as exportações de vacinas da Índia para o Brasil”, escreveu o presidente.
A carga era para ter chegado cinco dias atrás, no dia 17, mas a Índia não havia liberado o envio para o Brasil . A Índia havia apenas enviado remessas de vacinas gratuitas a países vizinhos. Agora, liberou as comerciais, e Brasil e Marrocos são os primeiros beneficiados.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os imunizantes estarão prontos para uso no sábado (23) à tarde, após checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem e etiquetagem.
O governo indiano havia suspendido a exportação de doses até iniciar seu próprio programa doméstico de imunização, no fim de semana passado.
No início desta semana, enviou carregamentos gratuitos para países vizinhos, incluindo Butão, Maldivas, Bangladesh e Nepal.
O Brasil vinha enfrentando dificuldades para liberar a carga de 2 milhões de doses que comprou do Instituto Serum. Na quarta (20), o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, disse que não havia prazo para receber o carregamento, mas negou que problemas políticos e diplomáticos com a Índia tenham atrasado a entrega.